03 janeiro 2009

Do Gueto de Varsóvia ao Gueto de Gaza

Reproduzo abaixo texto do Vermelho em que se compara todas as atrocidades sofridas pelos judeus sob o governo alemão e as atrocidades que o governo israelense impõe agora ao povo palestino.



Em Abril de 1943 os judeus do Gueto de Varsóvia foram massacrados pela máquina militar do 3º Reich nazista.

Em Dezembro de 2008 os palestinos do Gueto de Gaza são massacrados pela máquina militar do 4º Reich nazi-sionista.

Ambos os povos exerceram o seu direito inalienável à revolta contra a opressão.





É hipócrita e cínica a atitude de recomendar que cessem os ataques de ambos os lados. Com essa argumentação pretende-se comparar a resistência digna do povo palestino e a ação criminosa do invasor sionista que massacra a população civil e destrói a infra-estrutura de Gaza, depois de sustentar durante meses um bloqueio total contra o seu povo.

Este genocídio só é possível porque o lobby judeu mundial concede-lhe o combustível necessário, porque os EUA dá cobertura política, econômica e bélica ao agressor, porque a União Européia lhe deu um sinal verde e porque grande parte da população israelense dá apoio à limpeza étnica promovida pelo governo nazi-sionista.

Só o levantamento generalizado no mundo árabe e a solidariedade internacional, com todo tipo de protestos por toda a parte, poderá deter essa ação criminosa. Neste momento é importante reiterar a solidariedade com o governo legítimo do Hamas e repudiar a posição cúmplice do atual presidente da Autoridade Nacional Palestina, sr. Mahmud Abbas. Este, apesar da carnificina em curso, optou por acusar o Hamas pelo que está a acontecer e, de forma submissa, procura negociar com os assassinos do seu povo.



A responsabilidade de um povo

As novas atrocidades cometidas pelo estado judeu colocam questões candentes. O bombardeamento indiscriminado da população de Gaza pelos caças F-16 da entidade sionista até agora já provocou quase 300 mortos e 900 feridos.

Isto vem na sequência de um sitiamento prolongado, em que se priva aquela população de alimentos, combustíveis e medicamentos. A palavra genocídio tem razão de ser. Ele está a ser efetuado desde há anos.

É um genocídio em câmara lenta. A cumplicidade e passividade da União Européia e dos governos de muitos países árabes, a começar pelo do Egito, é notória. Mas acima de tudo é notória a conivência de grande parte dos cidadãos de Israel.


A realidade da violência

Na década de 1930 o cidadão médio da Alemanha podia alegar desconhecimento dos crimes perpetrados pelo nazismo. O aparelho de propaganda hitleriano jamais mencionava o holocausto em curso. A existência dos campos de concentração e dos fornos crematórios era cuidadosamente escondida. As mídias da Alemanha nazi nunca mencionavam a existência de tais infâmias.

E o que se passa hoje em Israel? Os crimes do estado sionista são bem conhecidos. A realidade do apartheid é evidente para todos, basta olhar as muralhas que esquartejam a Palestina.

Os assassinatos das sinistras polícias políticas de Israel são (em parte) divulgados nos mídia. As 100 toneladas de bombas já despejadas sobre a população indefesa de Gaza são anunciadas nos jornais israelenses. As perseguições ao espoliado povo palestino (10 mil palestinos presos) são notórias.

Por isso – ao contrário do povo alemão dos anos 30-40 – o povo de Israel não pode alegar ignorância. Assim, excetuando as forças democráticas e progressistas (como o PCI - Partido Comunista de Israel, o Hadash e algumas personalidades dignas) deve-se colocar o problema da responsabilidade coletiva dos cidadãos israelenses que permanecem passivos ou dão apoio (inclusive com o seu voto) a um governo que comete tais atrocidades.

O repúdio à barbárie nazi-sionista deve ser universal. As manifestações contra o massacre já começaram nos EUA e em outros países. O apelo ao boicote a Israel deve transformar-se em realidade.

Resistir!



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