29 dezembro 2010

The New York Times: O legado de Lula.


• Lula da Silva, 65 anos, deixa uma nação transformada que com orgulho se prepara para sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
• Desde a primeira eleição da Silva em 2002, a classe média cresceu 29 milhões de pessoas - mais do que a população do Texas - criando um novo e poderoso mercado consumidor interno.
• Outros 20 milhões de pessoas - tanto como no estado de Nova York - foram retirados da pobreza.
• O país que recebeu uma ajuda 30 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional, ao se aproximar do colapso econômico em 2002, agora empresta dinheiro ao FMI, disponibilizando até US $ 5 bilhões para empréstimos a outras nações.
• O valor da moeda do Brasil mais que dobrou em relação ao dólar dos EUA.
• A desigualdade vem se reduzindo, com a renda dos 10% mais pobres crescendo cinco vezes mais rápido do que os 10% mais ricos.
• A inflação foi domada, o desemprego e o analfabetismo caindo rapidamente.
• No momento em que Brasil sedia os Jogos Olímpicos, prevê-se que será a 5ª maior economia do globo, superando a Itália, Grã-Bretanha e França.

O sucesso doméstico de Lula da Silva encorajou sua política externa. Contrariando a sóbria tradição do Brasil na diplomacia, ele usou seu carisma para forjar um amplo leque de parcerias. Ele participou de comícios comunistas na Venezuela de Hugo Chávez, menos de duas semanas após ter convidado Bush para pescar.
No ano passado ele recebeu o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, saudando-o com um abraço de urso e, alguns meses mais tarde, foi recebido em Israel onde tratou de como conter possíveis ambições nucleares do Irã.

Mas o legado da Lula da Silva vai além dos números. É captado no brilho do olho de uma moradora da favela, como Dilma de Lima.
"Por décadas, eu morava em um barraco onde escorria o esgoto, sempre que chovia. Não havia janelas, o que fez a minha bronquite piorar. Agora olhe para isto, eu tenho pisos de concreto, e não vejo esgoto pela janela. Sentindo essa brisa, minha saúde é melhor, e é por causa do Lula"

Essa devoção é repetida em todo o Brasil, dando a Lula da Silva uma popularidade quase sem precedentes.
Segundo a sondagem Gallup, o ex-presidente dos EUA, Harry Truman tinha uma taxa de aprovação correspondente aos 87% de Lula, cerca de três semanas depois que as forças aliadas aceitou a rendição dos nazistas na Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Mas ele terminou seu mandato com 32%.
George W. Bush teve 90% de aprovação 10 dias após o 11 de setembro. Mas deixou o cargo com 34%.

Lula's Legacy, Leaving Behind a Transformed Brazil

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