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A próxima terça-feira, dia 9, marca os 40 anos da morte de Che Guevara. A revista Veja desta semana, como fez há 10 anos atrás por ocasião do 30º. Aniversário, dedicou a ele sua matéria de capa.

Naquela ocasião a reportagem começava com o título "O TRIUNFO FINAL DE CHE" e terminava com a frase "O Che é um patrimônio da humanidade. Suas idéias de justiça social são universais."

Desta vez a história é outra. A capa traz: “Che, a farsa de um herói”. Veja tenta desmontar o mito do Che Guevara altruísta.

O que mudou de lá pra cá?
Suspeito que tem a ver com o fato de que há 10 anos atrás o neo-liberalismo reinava absoluto, era o fim da história, as esquerdas estavam derrotadas e o culto ao Che não oferecia perigo algum?
Seja como for, isso me faz lembrar a polêmica dos livros didáticos. Não seriam essas as mesmas razões que estariam fazendo com que as elites, representadas pela mídia, se alvorocem com o suposto conteúdo esquerdista presentes em nossos manuais?

A propósito, naquele tempo o fantasma do encalhe dos exemplares nas bancas ainda não rondava o semanário da Abril.